Desatenção, hiperactividade e impulsividade são os principais sintomas da perturbação de hiperactividade com défice de atenção (PHDA), uma perturbação neurocomportamental que afecta entre 5 a 10% das crianças em idade escolar, sendo mais comum no sexo masculino.
Essas e outras questões estiveram em análise no seminário sobre "A criança hiperactiva - síndroma de défice de atenção e hiperactividade - perspectivas actuais de diagnóstico, avaliação terapêutica e prognóstico".
Neste seminário foram apresentadas experiências nacionais de consulta de hiperactividade. O pediatra Armando Fernandes, do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde a consulta foi criada em Janeiro de 2002, referiu que foram à consulta quase 400 crianças, na maioria do sexo masculino, com idade média de 9 anos.
Hiperactividade e distracção são os principais motivos das consultas, na sua maioria pedidas pelos pais e professores.No Hospital de Santo António, no Porto, a consulta teve início em Maio de 1999, tendo sido consultadas cerca de 500 crianças. Segundo a neuropediatra Teresa Temudo, "há falta de sensibilidade das administrações" e reclamou "mais técnicos para estas consultas".Em Coimbra, no Hospital Pediátrico, em 2003, foram registadas 1350 consultas. Mas "o tempo de espera é de um ano", lamentou o pediatra Boavida Fernandes que exigiu "mais recursos e maior consciência para esta doença".
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