sexta-feira, 5 de março de 2010

Escola recusa dar remédio a aluno

Caldas da Rainha: Criança sofre de hiperactividade

Escola recusa dar remédio a alunoProfessora justifica que não faz parte das suas competências administrar os medicamentos e que a toma de comprimidos prejudica as aulas.

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A mãe de uma criança de oito anos retirou o filho da escola porque a professora se recusou a dar ao menino o medicamento que está receitado para tratar da sua hiperactividade. O remédio é um simples comprimido, mas a docente alega que a tarefa não faz parte das suas competências.


Antes de se transferido para outra escola, Afonso andava no 3º ano no Centro Educativo de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha. "Logo no segundo dia de aulas começaram os problemas", conta a mãe, Teresa Lourenço. "Tem de tomar o Rubifen [fármaco que actua no sistema nervoso central, aumenta a concentração e reduz comportamentos impulsivos] várias vezes por dia, em horas que coincidem com as aulas." A criança tem obrigatoriamente de tomar um comprimido às 16h00. "Leva um relógio que apita e ele próprio pega na carteira de comprimidos e to-ma." A professora, num relatório sobre a criança, reconhece que "quando não toma o remédio é visível a diferença, demora mais tempo a realizar as tarefas e não as realiza com a mesma correcção, distrai-se, perturba os colegas, pica--os com o lápis ou dá-lhes pontapés, e no recreio gera conflitos e agride". No entanto, a docente considera que a medicação em horário escolar "perturba o normal funcionamento das aulas", interrompendo as actividades. E sustenta: "Não faz parte do meu conteúdo funcional administrar medicação aos alunos, sendo uma grande sobrecarga para mim e tendo implicações negativas no meu trabalho."


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